
A Take-Two Interactive reforçou que não pretende colocar lançamentos no Xbox Game Pass ou PlayStation Plus no dia de estreia. Para a empresa, essa estratégia pode minar vendas e reduzir o valor de seus jogos, comprometendo o retorno dos altos investimentos de desenvolvimento. O CEO Strauss Zelnick foi direto: incluir títulos inéditos nesses serviços “não faz sentido” e significaria virar o modelo de negócios “de cabeça para baixo” sem viabilidade econômica.
Essa visão contrasta com a de publishers que abraçaram a distribuição imediata via assinatura, como a própria Microsoft com Call of Duty: Black Ops 6. Zelnick sustenta que, mesmo com picos de assinaturas, o efeito é passageiro e não compensa a perda de receita de vendas premium. Ele argumenta que o comportamento do público gamer — que consome menos títulos e por mais tempo que usuários de filmes e séries — torna a assinatura menos atraente como canal de estreia.
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O presidente Karl Slatoff complementa que a Take-Two não descarta parcerias com Game Pass e PS Plus, mas apenas quando a “matemática faz sentido”. A empresa já inseriu títulos do catálogo, como GTA V, de forma rotativa, usando essas plataformas para estender a vida útil dos jogos e atingir novos públicos. A abordagem é seletiva: só entra conteúdo se houver acordo econômico vantajoso, algo que os próprios serviços também exigem.
Com franquias de peso como Grand Theft Auto, Red Dead Redemption, NBA 2K e Borderlands, a Take-Two aposta que manter o lançamento exclusivo no modelo premium ainda é o caminho mais seguro para preservar valor e lucratividade.
O cenário, porém, permanece dinâmico, e a empresa diz estar atenta a mudanças no mercado para ajustar sua estratégia se, um dia, o retorno justificar a aposta.
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