
Mark Darrah, ex-produtor da BioWare, afirmou que a recepção dividida de Dragon Age 2 em seu lançamento aconteceu porque o estúdio falhou em “preparar adequadamente” os jogadores para as mudanças em relação ao primeiro jogo. A declaração foi feita durante uma entrevista recente ao canal MrMattyPlays. Para ele, as pessoas esperavam uma continuação direta de Dragon Age: Origins, o que o segundo título da série nunca se propôs a ser.
Darrah explicou o raciocínio. “Quando as pessoas olham para ele [o jogo] 5, 10, 14 anos depois, elas conseguem dizer: ‘Ok, vou olhar com outros olhos e deixar que ele se sustente por si só'”, comentou. “Mas nós o chamamos de ‘Dragon Age 2’ e dissemos ‘compare isso diretamente com Dragon Age: Origins’. Então as pessoas olham e pensam: ‘Bem, isso certamente não é Dragon Age: Origins 2’, o que não é.”
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Apesar dos problemas, o produtor considera Dragon Age 2 o projeto do qual mais se orgulha. “Não por ser o melhor jogo que já fiz, mas porque foi feito sob restrições muito apertadas, e estou muito orgulhoso do que conseguimos fazer no tempo que tivemos”, afirmou Darrah.
Desenvolvimento foi acelerado
O tempo de produção de Dragon Age 2 é um fator conhecido na indústria. O jogo foi desenvolvido em um período de no máximo 16 meses, um prazo extremamente curto para um RPG de grande escala.
Essa aceleração resultou em algumas das críticas mais comuns ao jogo, como:
- A reutilização extensiva de cenários e masmorras ao longo da campanha.
- Combates que frequentemente se baseavam em ondas de inimigos que apareciam do nada.
Mesmo com esses desafios, Darrah destacou que a estrutura narrativa focada em uma única cidade, Kirkwall, e em um elenco de personagens que evolui ao longo de uma década, foi um dos pontos fortes do projeto.
Na mesma entrevista, o ex-produtor também revelou que Dragon Age não foi originalmente planejado para ser uma série e comentou sobre o desenvolvimento de Veilguard, o próximo título da franquia, descrevendo-o como “quatro jogos costurados juntos”.