
Mark Darrah, que atuou como produtor executivo de Anthem, afirmou em uma entrevista recente que “sempre soube” que o jogo seria eventualmente descontinuado. Segundo ele, essa situação foi uma consequência direta da forma como a tecnologia do game foi construída desde o início.
A declaração foi feita durante uma conversa com o canal MrMattyPlays no YouTube. Darrah explicou que Anthem poderia ter sido desenvolvido de uma maneira que evitasse a necessidade de um desligamento completo de seus servidores.
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A comparação com Destiny 2
Para ilustrar seu ponto, Darrah comparou a estrutura de Anthem com a de Destiny 2. Ele explicou que Destiny 2 utiliza uma tecnologia sofisticada de migração de host e conexão ponto a ponto (peer-to-peer). Isso permite que o jogo continue funcionando de forma mais flexível.
“Nós não sabíamos como fazer isso e, francamente, não tínhamos orçamento para isso, mas poderíamos ter feito algo”, disse Darrah. Ele acrescentou que, para Anthem ter uma vida útil mais longa sem depender totalmente de servidores centrais, seria preciso sacrificar a fidelidade gráfica, a latência e a experiência geral de jogo.
O desligamento oficial
Em julho, a Electronic Arts (EA) anunciou oficialmente que os servidores de Anthem serão desligados em janeiro de 2026. Após essa data, o acesso ao jogo será encerrado permanentemente. A empresa reforçou a natureza do game para justificar a decisão.
“Anthem foi projetado para ser um título exclusivamente online. Assim, quando os servidores ficarem offline, o jogo não será mais jogável”, comunicou a EA na época.
O fim de jogos online se tornou um tópico central na comunidade de jogadores. Um movimento chamado “Stop Killing Games” conseguiu recentemente o número de assinaturas necessário para sua Iniciativa de Cidadania Europeia. O objetivo é levar o Parlamento Europeu a discutir novas regras sobre o tema.
Os defensores da causa esperam que as desenvolvedoras sejam obrigadas a criar planos de contingência. Entre as propostas, estão a entrega dos servidores para a comunidade ou a implementação de medidas que permitam que os jogos rodem sem o envolvimento direto da publisher após o fim do suporte oficial.