Crazy Taxi (Nintendo GameCube) - Vale ou não a pena jogar?

Jogo lançado oficialmente para fliperamas em 1999, chegou aos consoles nos anos 2000 e entrou para a história.

Crazy Taxi (Nintendo GameCube) – Vale ou não a pena jogar?

Muitos podem não se lembrar ou ao menos não conhecer esta obra de arte que será a primeira estrela a participar do “Vale ou não a pena jogar?” aqui do Jogaverso. Estou falando de Crazy Taxi, lançado oficialmente para fliperamas em 1999, chegando aos consoles nos anos 2000.

Abaixo farei minha análise pessoal do jogo, contando um pouco da sua história, apontando pontos fortes e fracos, dando o veredicto no final, revelando se vale ou não a pena jogar este clássico da indústria. Vem comigo…

Conhecendo o game

Conforme revelado na nossa introdução, Crazy Taxi chegou aos fliperamas, sendo lançado pela SEGA em 1999. Em 2000, no ano seguinte, chegou ao Dreamcast, último hardware produzido pela SEGA, antes da empresa deixar o mercado, passando a distribuir somente jogos. No início de 2001, em fevereiro, o jogo foi portado pela Acclaim para Playstation 2 e em novembro do mesmo ano chegou para Nintendo GameCube (versão que será o alvo da análise).

Basicamente a missão do jogo é a seguinte: Você escolhe um dos quatro personagens (taxistas) diferentes e nos Modos Arcade ou Original e em uma cidade baseada em San Francisco, terá que trasportar o maior número de passageiros possíveis. De acordo com seus resultados, você consegue ser licenciado nas classes E, D, C, B, A, S e Awesome.

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Modos Arcade / Original

No modo atrelado á época de fliperama, você tem 01:00 minuto para jogar, ganhando tempo extra a cada passageiro entregue. Neste modo é possível jogar infinitamente, com a partida sendo encerrada somente quando o tempo se esgotar. Também existe a possibilidade de jogar com um limte de tempo pré-estabelecido (no máximo 10 minutos). Aqui, independente do número de passageiros entregues, o tempo não terá acréscimo. Este modo é interessante para quem gosta de uma exploração maior da cidade, sem ter a pressão do tempo sendo esgotado a todo o momento.

Modo Crazy Box

Aqui brilha um dos melhores, senão o melhor modo de jogo. No Crazy Box você tem desafios para cumprir. Desta vez em cenários diferentes da cidade, você precisa cumprir missões, tal como estourar balões dentro de um limite de tempo, entregar passageiros em estradas ainda mais desafiadoras, passar por dentro de círculos, dentre outros. Veja abaixo:

  • Crazy Jump: Pular uma distância mínima utilizando uma rampa. 
  • Crazy Drift: Realizar um número específico de drifts consecutivos. 
  • Crazy Rush: Entregar vários passageiros em um curto período de tempo. 
  • Crazy Jam: Uma variação do Crazy Rush, com foco em entrega rápida de passageiros. 
  • Crazy Through: Realizar um número específico de “Crazy Throughs” sem bater em outros carros. 
  • Crazy Parking: Estacionar o táxi em um local específico no topo de um estacionamento.

Pontos fortes

Gráficos impressionantes para a época

Começando pelas caracterísitcas positivas do jogo, devo destacar a sua qualidade gráfica. Acredite, antes de jogos como Grand Theft Auto (GTA) e Driver serem lançados, Crazy Taxi foi o primeiro jogo a ter uma cidade com pontos panorâmicos a ser lançado no início dos anos 2000, com gráficos em 3D. Assim como nas versões de Dreamcast e Playstation 2, a versão de GameCube sofre com algumas quedas de FPS, algo que, sinceramente, só é percebido nos dias atuais;

Trilha sonora contagiante

Por incrível que pareça, a trilha sonora do jogo é praticamente metade responsável pelo seu sucesso. As versões de fliperama, Dreamcast, GameCube, Playstation 2, iOS e Android possuem as músicas das bandas Bad Religion e Off’ Spring.

Para ter uma noção do quão forte é este ponto citado, jogue as versões mais recentes de Playstation 3 e Xbox 360, que possuem outra trilha sonora e sinta a diferença. Principalmente para fãs da série, como que vos fala, Inner Logic e All I Want são músicas que fazem você se sentir ainda mais imerso no mundo alucinante de Crazy Taxi.

Lugares reais

Pode até parecer besteira para muitos, mas você ser um taxista num mundo virtual e poder deixar seus passageiros em uma Tower Records, KFC, em lojas da FILA ou Levi’s, aumenta o charme do jogo em 100%, dado que isso, até mesmo nos jogos atuais, é algo raro de se acontecer, devido a direitos de imagem e contratos de licença. Assim como no caso da trilha sonora, estes lugares só existem nas versões de fliperama, Dreamcast, Playstation 2, Nintendo GameCube, iOS e Android.

Modo Crazy Box

Por se tratar de um jogo basicamente curto, onde o objetivo consiste em atingir bons resultados, seja financeiramente, na quantidade de passageiros transportados e nas classes obtidas, o Modo Crazy Box surge para dar um tempo de vida maior ao mesmo. Além de divertido, o modo também é desafiador, fazendo com que você perca boas horas tentando passar por todos os cenários.

Pontos fracos

Falta de um modo livre

Apesar de ser um jogo frenético o tempo todo, com certeza faltou um modo livre. A cidade do jogo, baseada em San Francisco, é relativamente grande, dado o contexto e a época, deixando aquele gosto de quero mais, no quesito exploração, a cada final de partida.

No modo arcade é ainda mais triste, pois a briga contra o relógio faz você prestar ainda menos atenção em tudo o que está em volta, com o foco sendo somente na entrega dos passageiros.

Poucos pontos de entrega

Com uma cidade relativamente grande, conforme já citado neste texto, o jogo poderia nos oferecer uma gama maior de lugares para quais sejam os pontos de entrega dos passageiros. Vale citar que além dos lugareis reais, como Tower Records e afins, também existem os genéricos, como um estádio de futebol, um heliponto ou um estacionamento, ou seja, a Sega teve uma leve preguição em não adicionar mais lugares.

Vale ou não a pena jogar?

Chegando ao fim da análise a resposta para a pergunta acima é SIM. Vale muito a pena jogar Crazy Taxi, seja no GameCube, Playstation 2, Dreamcast, ou no seu celular, seja ele iOS ou Android. Até mesmo as versões mais recentes são recomendadas, mas as faltas da trilha sonora original e dos lugares reais, podem tirar um pouco da verdadeira experiência do jogo.

Autor do Artigo Leonardo Cunha