
O primeiro beta aberto de Battlefield 6 já expôs um cenário conhecido da série: milhares de tentativas de trapaça logo nos primeiros dias. A EA confirmou que a exigência de Secure Boot no PC foi responsável por impedir mais de 330 mil tentativas de fraude ou adulteração no sistema anti-cheat, mas reforçou que essa não é uma defesa infalível.
Segundo o time SPEAR Anti-Cheat, “o Secure Boot não é, e nunca foi, pensado como uma solução milagrosa. Ele ajuda a ampliar nosso arsenal, dificultando o trabalho de quem cria cheats e facilitando nossa detecção quando eles surgem”. A tecnologia, presente no Windows 10 e 11, garante que apenas softwares confiáveis sejam carregados durante a inicialização do sistema, bloqueando desde rootkits e manipulação de memória até spoofing de hardware.
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A medida, que também se aplica a Battlefield 2042, gerou discussões durante o beta — encerrado em 11 de agosto — tanto pelo impacto positivo na integridade das partidas quanto pelas barreiras técnicas para jogadores com hardware antigo ou BIOS mal configurada. Habilitar o recurso exige que o sistema esteja em modo UEFI e com partições GPT, o que pode exigir ajustes manuais no setup da máquina.
Embora o Secure Boot funcione como mais uma camada no combate a trapaças, a EA admite estar em uma “corrida armamentista” contra cheatmakers. O uso conjunto dessa tecnologia com o anti-cheat Javelin e outras medidas reflete uma tendência crescente na indústria, já vista em títulos como Valorant.
Com a segunda fase do beta marcada para 14 de agosto e o lançamento oficial previsto para 10 de outubro no PC, PS5 e Xbox Series X|S, a expectativa é que o reforço dessas barreiras reduza o impacto dos trapaceiros — mesmo que a batalha, como a própria EA reconhece, esteja longe de acabar.
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